O “Desenrola Brasil”, que foi prorrogado até o dia 31 de março, é uma ótima oportunidade para brasileiros reorganizarem suas finanças.
Se você ainda não aderiu ao programa, esta é uma nova chance para limpar o nome e restaurar a credibilidade no mercado, facilitando a negociação de dívidas e abrindo caminhos para uma vida financeira mais saudável e equilibrada.
Mas quem pode participar, como aderir às negociações e de que forma renegociar sem medo de errar? Nos capítulos abaixo, vamos responder a essas questões. Vem descobrir!
Como funciona o Desenrola Brasil?
Se você ainda não aderiu ao programa e está buscando informações, separamos os principais pontos do Desenrola:
- Quem Pode Participar: existem duas faixas, a Faixa 1, para dívidas de até R$ 5 mil e renda de até dois salários mínimos ou inscritos no CadÚnico, e a Faixa 2, para quem tem renda mensal de até R$ 20 mil.
- Negociações Online: todas as negociações acontecem digitalmente, pela plataforma Desenrola Brasil. Para participar, é necessário ter uma conta no gov.br.
- Condições de Parcelamento: as dívidas podem ser parceladas em até 60 meses, com parcela mínima de R$ 50 e juros de até 1,99% ao mês.
- Simulações Disponíveis: o Desenrola Brasil oferece simulações para ajudar a entender as condições do parcelamento.
Sabendo disso, o próximo passo é entender que as negociações não podem ser feitas sem critério. Isso significa que você não deve aceitar qualquer proposta. Veja a seguir.
Como negociar no Desenrola Brasil?
Em primeiro lugar, considerando que o objetivo do Desenrola Brasil é tirar os brasileiros da situação de endividamento e inadimplência, é importante compreender que renegociar uma dívida é apenas o primeiro passo para a sua quitação.
Dessa forma, é fundamental fazer um planejamento para entender como está a situação e de que maneira é possível fazer uma renegociação sem cair em uma nova negativação.
Evandro Canello, educador financeiro pela metodologia DSOP e CEO do Grupo Redesul – que comporta diversas empresas de soluções em crédito e Educação Financeira – alerta que o primeiro passo do devedor é entender o que o levou até essa situação.
“É importante sentar com a família e fazer uma reflexão para saber como e onde começou o descontrole”, recomenda Evandro.
Fazendo o diagnóstico
Ainda conforme o educador financeiro, o segundo passo é fazer um diagnóstico e compreender a fundo a situação, registrando todos os valores que entram e saem do orçamento.
“Entendendo como o descontrole começou e fazendo um raio x da situação, a próxima atitude é registrar todas as dívidas e classificar cada uma delas por ordem de relevância”, explica Evandro.
Nesse contexto, a prioridade deve ser dada a serviços essenciais, como:
- Água
- Aluguel
- Energia elétrica
- E outros gastos fundamentais
Em seguida, é aconselhável catalogar as dívidas que têm ativos como garantia, como propriedades imobiliárias e veículos. Por fim, deve-se registrar as dívidas com maior taxa de juros, como o rotativo do cartão de crédito e cheque especial.
Segundo o educador financeiro, após esse levantamento é importante anotar ao lado de cada uma das dívidas um valor mensal que o devedor consiga arcar, considerando taxas de juros.
Renegociando
De acordo com Evandro, “o consumidor deve ter em mente que não pode negociar a qualquer custo, pois ele precisa se reestruturar a partir do diagnóstico e planejar um orçamento financeiro incluindo a prestação dessas dívidas”.
Para ele, sem essa organização, a possibilidade de não conseguir arcar com as parcelas e cair na inadimplência novamente é alta. Por isso, a grande virada de chave é aproveitar a renegociação para promover uma mudança de comportamento diante do consumo.
Seguindo essas recomendações, certamente você vai conseguir se ver livre das dívidas. Mas não esqueça de manter as finanças em ordem e as contas equilibradas, sempre usando a Educação Financeira para não cair na inadimplência outra vez.
Sendo assim, para te auxiliar nessa jornada, nós temos um guia prático que vai ajudar você a realizar sonhos através da Educação Financeira. Acesse aqui!