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Top 5 erros no uso do cartão de crédito que você pode estar cometendo

Uma mulher segurando um cartão de crédito pensando nos erros comuns

No mundo das finanças pessoais, o cartão de crédito é um verdadeiro quebra-cabeça. Por um lado, oferece conveniência e benefícios; por outro, pode ser uma armadilha para dívidas e preocupações financeiras. 

Mas, o que realmente separa os usuários de cartão de crédito bem-sucedidos daqueles que cometem erros e se veem em apuros financeiros? Frequentemente, são deslizes comuns e fáceis de identificar que fazem toda a diferença.

E não se engane: quando reconhecemos esses equívocos, fica muito mais fácil dar o próximo passo e eliminar essas práticas nocivas da sua vida. Portanto, se você usa cartão de crédito, este conteúdo foi feito para você.

Então, vem com a gente desvendar os cinco erros mais comuns que as pessoas cometem na hora de usar o cartão e como evitar esses descuidos!

1. Acreditar que o cartão de crédito é uma renda extra

Você já olhou para o limite liberado do seu cartão, se empolgou e gastou com coisas que não precisava? Esse comportamento, embora seja bastante comum entre as famílias brasileiras, é altamente prejudicial. 

São pessoas que enxergam o cartão de crédito como uma extensão do salário e vivem completamente fora do seu padrão de vida. Mas a realidade não perdoa! No final do mês, é sempre a mesma história: acabou o dinheiro e não sobrou nada para realizar algum sonho.

De modo geral, o problema de usar o limite do cartão como se fosse sua renda é que isso estimula a gastar além da conta em compras por impulso. 

Veja, a metodologia do comportamento financeiro DSOP recomenda que você separe uma parte da sua renda mensal para criar uma reserva financeira, que vai servir para a realização de sonhos, como:

  • Uma viagem;
  • A casa própria;
  • Trocar de carro e etc.

Além disso, a ideia é que você tenha recursos para garantir uma aposentadoria sustentável e tranquila, começando desde já a poupar um valor para esse objetivo. 

É claro que tudo vai depender das condições e necessidades de cada família, mas separar um pouco todo mês, mesmo que seja uma pequena quantia, já é um ótimo começo para condicionar o seu cérebro a poupar.

Descobrindo o padrão de vida real

Para colocar um ponto final nesse olhar enviesado sobre o padrão de vida e parar de usar o cartão até o limite, o primeiro passo é fazer um raio x das suas finanças e conhecer a sua real situação. 

Para isso, levante todo o seu rendimento líquido, considerando descontos como:

  • IR;
  • INSS; 
  • e FGTS. 

Depois, registre diariamente cada centavo que sai do seu orçamento. Faça isso por um mês, se sua renda é fixa, e três meses, se variável. 

Com esse diagnóstico, você descobre o seu padrão de vida real e tem mais facilidade para controlar e manter o consumo dentro dos limites reais do seu orçamento, sem se deixar levar pelas tentações do cartão de crédito.

2. Pagar apenas a parcela mínima

Parece que o banco está sendo generoso quando oferece o pagamento mínimo da fatura, não é mesmo? Mas não se iluda com isso, pois esse é um dos erros mais comuns quando o assunto é cartão de crédito.

A verdade é que não existe almoço grátis. O primeiro ponto a se considerar é que, ao quitar apenas o mínimo do cartão, você paga juros. E não é pouco! 

Quer um exemplo? 

Se a sua fatura é R$ 2 mil e você pagar somente a metade desse valor, os R$ 1 mil restantes serão repassados para a próxima fatura, acrescido de juros, impostos e outros encargos.

Para você ter uma ideia do tamanho do prejuízo, os juros do rotativo do cartão ainda estão entre os mais altos do mercado, registrando a marca de 445% ao ano. Portanto, sua dívida vai aumentando a cada dia que passa.

E as coisas podem ficar ainda piores. Além de pagar um valor mais alto no mês seguinte, o limite que corresponde a esse valor que você deixou de pagar também estará bloqueado, prejudicando as compras futuras.

Logo, evitar pagar apenas o mínimo do cartão de crédito é essencial, pois essa prática pode iniciar um ciclo perigoso de endividamento, prejudicando seriamente o seu orçamento. Então, faça um esforço para gastar menos do que ganha e mantenha a fatura sempre em dia!

3. Ter vários cartões sem necessidade

Segundo uma pesquisa da Serasa Experian, 52% dos brasileiros têm três ou mais cartões, muitas vezes seduzidos pela ideia de somar limites para mais compras. Mas aqui vai um alerta: esse hábito pode ser uma armadilha financeira.

Saiba que o uso de mais de um cartão pode ser bastante arriscado, mas não para todos os perfis. Na verdade, se você tem um controle financeiro rígido, não é o uso de vários cartões que vai prejudicar as suas finanças. 

Evandro Canello, educador financeiro pela metodologia DSOP e CEO do Grupo Redesul, orienta que ter mais de um cartão de crédito aumenta o risco de endividamento para quem tem problemas em gerenciar seus gastos.

“Mudar o comportamento é algo difícil, por isso, às vezes a melhor saída para quem não tem controle sobre os gastos é estabelecer o limite do crédito em 30% da sua renda”, explica o educador financeiro.

Por outro lado, para aqueles que têm renda variável, que recebem em datas diferentes, ter mais de um cartão de crédito pode ser uma boa saída para ganhar prazo sem pagar juros. 

No entanto, isso só funciona para quem tem controle financeiro. “É preciso ter em mente que o problema não é cartão de crédito, e sim o comportamento em relação aos consumo”, conclui Evandro.

Reduzindo a quantidade de cartões

Sabendo dessas informações, talvez você queira se ver livre de alguns cartões. Para esses casos, segundo Evandro Canello, uma boa recomendação é fazer o diagnóstico financeiro que ensinamos no primeiro capítulo, monitorando os ganhos e as despesas.

Quando você descobre exatamente o valor da sua renda líquida e dos seus gastos, fica mais fácil solicitar ao banco o limite ideal de crédito para manter o mínimo possível de cartões em sua carteira.

E não esqueça: sempre que possível, pague à vista. Dívidas parceladas podem ser grandes aliadas, desde que sejam planejadas para algo que traga crescimento pessoal ou profissional para a sua vida.

4. Não acompanhar o extrato do cartão de crédito

Quando se trata de gerenciar suas finanças pessoais, um passo fundamental, muitas vezes negligenciado, é o acompanhamento regular do extrato bancário, especialmente do cartão de crédito. 

Este simples hábito pode ser a chave para manter um controle financeiro eficaz e evitar surpresas desagradáveis. Isso porque, esses extratos incluem informações cruciais como: 

  • Saldo inicial e final;
  • Depósitos;
  • Saques;
  • Transferências;
  • Pagamentos e muito mais. 

Além disso, em alguns casos, o extrato fornece informações adicionais, como limite de crédito e detalhes de investimentos. Portanto, conferir essa súmula com regularidade, de preferência, semanalmente, permite um melhor controle financeiro. 

Em outras palavras, você se mantém atualizado sobre suas transações, o que facilita o rastreamento de gastos e ganhos, permitindo uma visão clara do fluxo de caixa. 

Isso é crucial para tomar decisões financeiras informadas e ajustar seu orçamento conforme necessário, mas não apenas. Ao verificar o extrato do cartão de crédito, você detecta erros ou atividades suspeitas, como cobranças duplicadas ou não autorizadas.

Sendo assim, é possível agir rapidamente, contatando o banco para resolver o problema ou bloqueando o cartão em casos de suspeita de fraude.

Além disso, os extratos servem como comprovante de transações, bastante úteis para fins contábeis ou declarações de impostos.

Incentivando a Educação Financeira

Para Evandro Canello, o hábito de checar o extrato também é útil no planejamento financeiro pois, ao entender seus padrões de gasto, você pode identificar onde poupar, “assim, é possível estabelecer objetivos financeiros realistas e fazer ajustes para realizar todos os seus sonhos com Educação Financeira.” 

Para ter esse controle, aproveite as tecnologias que vieram para facilitar a verificação do extrato. Aplicativos de bancos e cartões de crédito muitas vezes categorizam automaticamente seus gastos, facilitando a visualização de onde é possível economizar no futuro. 

5. Emprestar o cartão de crédito a terceiros

Já dizia o meme: é raro, mas acontece sempre. Todo mundo sabe que emprestar o cartão de crédito é algo perigoso. É semelhante ao golpe do bilhete premiado: mesmo com o alerta de perigo, sempre tem quem cai.

Em primeiro lugar, pense no seguinte: por que alguém pediria a você o cartão de crédito emprestado? Certamente, porque essa pessoa não tem crédito na praça e já registra um comportamento de consumo desequilibrado.

Ou então, por que não tem renda suficiente para arcar com os custos de um cartão de crédito. Seja como for, em ambos os casos existe uma chance grande de essa pessoa não arcar com o pagamento sem atrasos.

A gente entende que às vezes fica difícil negar quando o pedido vem de um filho, parente ou amigo, não é mesmo? Isso já deve ter acontecido com você. Mas tenha em mente que muitas vezes um “não” agora pode evitar uma situação pior depois.

Afinal, já imaginou se essa atitude resulta em inadimplência e seu nome sujo na praça? Isso poderia desencadear um sério conflito entre você e esse parente. Portanto, a regra é sempre evitar emprestar o cartão a terceiros.

Considere que se a pessoa não pagar as dívidas, seu nome pode ser incluído em órgãos de proteção ao crédito, como o SPC e o Serasa, o que pode dificultar muito a obtenção de crédito no futuro. 

Crime de falsidade ideológica

Além de correr o risco de sujar o seu nome, você sabia que, emprestando o cartão de crédito, você pode estar cometendo um crime bastante sério, com graves consequências? 

Veja, um dos crimes mais comuns nesse tipo de situação é a falsidade ideológica, prevista no artigo 299 do Código Penal. Esse crime acontece quando alguém utiliza documento falso ou alterado.

Ou seja, se uma pessoa empresta o seu nome para outra e essa pessoa utiliza um documento falso para realizar uma compra, ambas podem ser acusadas de falsidade ideológica.

Portanto, um bom conselho aqui é usar de toda a sua educação e negar esse pedido, sempre oferecendo ajuda de outras maneiras para evitar um mal-estar.

Depois de descobrir o top 5 dos erros mais comuns no uso do cartão de crédito, agora você certamente pode tomar decisões mais acertadas sobre o uso desse recurso financeiro, correndo menos riscos de ficar inadimplente. E já que você se preocupa com as suas finanças, vem aprender a identificar o seu “eu” financeiro e descobrir o seu perfil!

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