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NEGÓCIOS

Venda de imóveis residenciais cresce 32% em 2023

Abrainc projeta um aumento tanto nos lançamentos quanto nas vendas em 2024, principalmente devido à redução da taxa Selic

Por Redação SDI

Foto de imóveis em uma metrópole
Foto: Unsplash/Lucas Marcomini

Segundo levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o mercado imobiliário registrou um aumento nas vendas em 2023. 

Os dados analisados são de algumas das 20 maiores construtoras e incorporadoras do país.

Em 2023, as vendas de imóveis residenciais novos por essas empresas atingiram 163,1 mil unidades, marcando um aumento de 32,6% em relação a 2022 e estabelecendo o maior índice da série histórica iniciada em 2014.

Em valores, as vendas também registraram aumento de 34,7%, totalizando R$ 47,9 bilhões.

Queda nos lançamentos

No período mencionado, os lançamentos tiveram uma queda de 2%, totalizando 118 mil unidades, enquanto em valores houve um aumento de 10,1%, alcançando R$ 38 bilhões. Isso indica uma preferência das empresas por investimentos em imóveis de preços mais altos.

O estudo revelou que as vendas em 2023 foram impulsionadas pelo Minha Casa Minha Vida (MCMV), com um aumento de 42,2%, alcançando 117,4 mil unidades vendidas. 

Por outro lado, o segmento de médio e alto padrão não ficou para trás e também registrou um aumento nas vendas, de 14%, totalizando 42,9 mil unidades.

No que diz respeito aos lançamentos, a queda foi liderada pelo segmento de médio e alto padrão, com uma redução de 38%, para 24,5 mil unidades. Por outro lado, os lançamentos do MCMV cresceram 16,7%, atingindo 93,3 mil unidades.

Para 2024

O presidente da Abrainc, Luiz França, acredita que haverá um aumento no volume de lançamentos e vendas em 2024 em comparação com 2023. 

Ele também mencionou que a queda na taxa Selic abre a possibilidade de os bancos reduzirem as taxas de juros dos financiamentos imobiliários, o que poderia impulsionar ainda mais o mercado.

França também destacou outros fatores que contribuem positivamente para o mercado imobiliário, como o crescimento da economia brasileira e o alto nível de emprego. 

Ele mencionou que melhorias no programa Minha Casa Minha Vida, como aumento dos subsídios e redução de juros, já se refletiram em mais lançamentos e vendas, e devem continuar ao longo do ano.

Em relação aos distratos, França não vê mais motivo de preocupação desde que foi criado um marco legal com regras mais rígidas para o cancelamento de vendas. 

Os distratos representaram 11,8% das vendas de médio e alto padrão em 2023, uma taxa estável em relação aos anos anteriores.

Pesquisa da Indústria

No cenário nacional, a pesquisa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) abrangendo 220 cidades mostrou que as vendas ficaram praticamente estáveis, com uma leve queda de 1,4% em 2023, para 322,8 mil unidades. 

Já os lançamentos recuaram 11,5%, para 293 mil moradias.

Na cidade de São Paulo, maior mercado imobiliário do país, as vendas subiram 10% em 2023, totalizando 76,1 mil unidades, enquanto os lançamentos recuaram 3%, para 73,2 mil unidades, de acordo com pesquisa do Sindicato da Habitação (Secovi-SP).

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