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BRASIL

Oficina que modificou BMW em que jovens morreram por asfixia é investigada

Proprietário e mecânicos podem ser indiciados por homicídio culposo

Por Redação SDI

Foto da BMW usadas pelos jovens
Foto: Felipe Salles/NSC TV

A Polícia Civil de Santa Catarina está apurando as ações do proprietário de uma oficina mecânica em Aparecida de Goiânia, região metropolitana de Goiás, suspeito de realizar modificações na BMW envolvida na tragédia em Balneário Camboriú.

Na ocasião, em 1º de janeiro, quatro jovens perderam a vida por asfixia de monóxido de carbono (CO).

Conforme laudos periciais divulgados na última sexta-feira (12), a causa do vazamento de CO foi uma ruptura na solda do componente ‘downpipe’. O gás tóxico, invisível e sem cheiro, entrou no veículo pelo sistema de ar-condicionado.

O ‘downpipe’, instalado no lugar do catalisador, dispositivo que reduz poluentes, aumenta o fluxo de gases e a rotação da turbina para potencializar a performance do carro, especialmente em veículos modernos.

O advogado do dono da oficina afirmou que a modificação na BMW foi terceirizada, negando envolvimento direto dos mecânicos do estabelecimento. 

“A empresa é de estética automotiva, oferecendo diversos serviços, desde lavagem especializada até micro pinturas”, esclareceu o advogado David Soares, em entrevista à CNN Brasil.

O proprietário da oficina foi intimado para depor nesta segunda-feira, às 14h, com um pedido de cancelamento do depoimento feito pelo advogado, alegando falta de acesso aos autos do inquérito e da perícia. O delegado Vicente Soares não atendeu à solicitação.

Na coletiva de imprensa na última sexta, o delegado mencionou a possibilidade de indiciar tanto o dono da oficina quanto os mecânicos pelo crime de homicídio culposo

Na oitiva desta segunda, o proprietário está na condição de interrogado, ainda não tendo sido indiciado.

Relembre

Gustavo Pereira Silveira Elias (24 anos), Karla Aparecida dos Santos (19 anos), Tiago de Lima Ribeiro (21 anos) e Nicolas Kovaleski (16 anos) perderam a vida em um carro em Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina, devido à asfixia por monóxido de carbono na manhã de 1º de janeiro. 

O SAMU e os Bombeiros tentaram prestar socorro, mas as vítimas não resistiram.

No trajeto de Paracatu, interior de Minas Gerais, a Florianópolis, onde chegaram em 25 de dezembro, não houve relatos de problemas. 

Em 31 de dezembro, a caminho de Balneário Camboriú, um engasgo foi sentido no veículo, mas os ocupantes seguiram viagem. Na madrugada de 1º de janeiro, os jovens começaram a relatar mal-estar, optando por descansar no carro antes de iniciar o trajeto de volta.

Além da troca do escapamento, o veículo também passou por modificações em uma oficina de Minas Gerais. No entanto, a perícia concluiu que tais serviços não estão vinculados à morte dos jovens.

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