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Financiamento ou consórcio para casa própria, qual o melhor?

Se você tem o sonho de comprar a casa própria, certamente quer entender qual é a melhor maneira de fazer essa compra de acordo com as suas condições. Nessas horas, é comum surgir uma dúvida: afinal, o que é melhor para comprar a casa própria, financiamento ou consórcio?

Neste artigo, nós reunimos todas as perguntas que as pessoas costumam fazer sobre financiamento e consórcio e transformamos as respostas em conteúdo. Você vai poder comparar:

  • Preços
  • Prazos
  • Condições
  • Características

Sabendo destes detalhes, fica mais fácil escolher o que é melhor para o seu bolso. Continue a leitura e tire todas as suas dúvidas sobre esse assunto!

Como comprar a casa própria com financiamento?

Para você saber exatamente se é melhor fazer um financiamento ou aderir a um consórcio para comprar a sua casa prória, é importante entender os detalhes de cada operação. Vamos começar pelo financiamento.

Pra quem não tem dinheiro para pagar à vista, financiar geralmente é a primeira ideia. Nessa modalidade, é possível usufruir do bem quase imediatamente, dependendo apenas do tempo de aprovação para a liberação do crédito.

Crédito rápido, mas…

O financiamento tem essa vantagem de acesso rápido ao crédito. Por outro lado, quem tem urgência precisa ter condições e estar disposto a pagar as altas taxas de juros.

É importante prestar atenção nessas taxas antes de tomar qualquer decisão. Os juros podem chegar a 12% ao ano, dependendo da modalidade do financiamento, valor financiado e do seu relacionamento com a instituição financeira. Com uma taxa assim, o custo do financiamento pode triplicar no final do contrato.

Num financiamento, o prazo para terminar de pagar o imóvel pode chegar a 35 anos. Potanto, até o término desse período, o bem fica alienado. Isso significa que, se acontecer qualquer imprevisto e você atrasar algumas prestações, o banco pode reaver o imóvel. Esta prática tem ocorrido com mais frequência nos últimos anos.

Para se ter uma ideia, as cinco maiores instituições financeiras do país – Banco do Brasil (BB), Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Caixa – fecharam 2018 com nada menos que R$18,7 bilhões em bens retomados em garantia de empréstimos inadimplentes. Cerca de 90% do valor se refere a imóveis.

Além dos juros altos, das prestações a perder de vista e do bem ficar alienado ao banco, outra característica do financiamento é que as instituições bancárias não costumam financiar 100% do valor do imóvel.

Os bancos geralmente liberam até 80% do crédito. Portanto, você precisa desembolsar pelo menos 20% de entrada para pagar ao proprietário do imóvel que você pretende comprar.

Em financiamentos, é interessante oferecer o maior percentual possível de entrada para reduzir o valor financiado.

Como contratar um financiamento?

Você já se informou a respeito das taxas de juros e conhece os prazos e algumas condições dos financiamentos, certo? O próximo passo é saber se você está apto para solicitar esse recurso junto aos bancos.

Existem várias formas de financiar, de acordo com o perfil de cada cliente. Os bancos consideram inclusive o padrão socioeconômico, mas algumas regras são comuns em todas as instituições.

Em primeiro lugar, na maioria dos casos, a parcela assumida no financiamento não pode ultrapassar um percentual específico da sua renda mensal, geralmente, de 30%. Também não pode haver nenhuma restrição no seu CPF.

Quando tiver certeza de que sua situação financeira está organizada, você deve procurar o imóvel que deseja. Quando encontrar, já com o valor definido, você vai ao banco e formaliza o pedido de financiamento. Se tiver um histórico positivo com alguma instituição financeira, isso pode ser vantajoso na hora de acertar as condições.

Os financiamentos geralmente são concedidos através do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), e pelo Sistema Financeiro Imobiliário (SFI). Em ambos os casos, o prazo de pagamento máximo é 420 meses.

Veja algumas características:

SFH

  • Imóveis de até R$1,5 milhão;
  • Com recursos do FGTS, do SBPE (Poupança) e Minha Casa Minha Vida;
  • Juros de 9% ao ano;
  • Se não for pelo SBPE, não pode ter outros imóveis no seu nome;
  • Tem limite de renda;
  • Financia até 80% do valor total.

SFI

  • Imóveis acima de R$1,5 milhão (sem valor mínimo), com parcelas mais altas;
  • Juros passam de 9% ao ano;
  • Não tem limite de renda;
  • Poder ser feito por pessoa física ou jurídica;
  • Financia até 90% do valor total.

Para saber qual o melhor financiamento imobiliário para cada caso, a Caixa Econômica Federal disponibiliza um simulador habitacional online.

Documentação

Uma vez definido qual é o melhor modelo de financiamento, você precisará apresentar sua documentação pessoal, como:

  1. RG;
  2. CPF;
  3. Comprovante de endereço;
  4. Certidão conjunta de débitos referentes aos tributos federais;
  5. Certidão de nascimento ou de casamento;
  6. Comprovante de renda (via declaração de Imposto de Renda, holerite de pagamento, decore pra quem não tem carteira assinada ou extrato bancário).

Também é necessário apresentar as documentações do imóvel, que são semelhantes para novos e usados, sendo basicamente as seguintes:

  1. Registro de título de propriedade;
  2. Certidão negativa de ônus reais;
  3. Certidão negativa de IPTU;
  4. Alvará ou “habite-se”, entre outras.

Depois de vencer a burocracia, você deve aguardar o banco analisar toda essa documentação. Ele vai responder se concede ou não o financiamento, o que pode levar algum tempo.

Como comprar a casa própria com consórcio?

O consórcio é uma das três alternativas para quem quer comprar a casa própria, ficando ao lado do pagamento à vista e do financiamento. É um sistema que tem Lei própria, garantindo que todos os consorciados recebam o crédito dentro do período acordado.

São 7,41 milhões de participantes ativos, com mais de 10 mil pessoas aderindo a um consórcio diariamente. Essencialmente, o consórcio se caracteriza pela união de um grupo de pessoas que tem o mesmo objetivo: no caso, comprar a casa própria. Essas pessoas investem em parcelas mensais, formando um caixa.

Uma das diferenças com relação ao financiamento, é que o prazo de investimento num consórcio de imóveis é de no máximo 180 meses (15 anos), metade do tempo do primeiro sistema.

Todos os meses, com esse dinheiro arrecadado no grupo de consórcio, é possível liberar o crédito para um dos componentes, que terá todo o valor para poder comprar a casa à vista. Portanto, ele poderá contar com grandes descontos, sem a necessidade de pegar dinheiro emprestado.

Mas quem leva o crédito primeiro?

Para definir qual dos consorciados vai receber o valor da casa, todos os meses são realizados sorteios durante assembleias. Nesses eventos, também é possível oferecer lances para adiantar a contemplação, sem depender dos sorteios.

Oferecer um lance é antecipar o pagamento de algumas prestações do seu consórcio. Se for o maior lance do grupo naquele mês, você é contemplado.

Embora exista a possibilidade de você ser sorteado já no primeiro mês, o prazo de contemplação via sorteio é de 15 anos. Portanto, o consórcio é indicado para quem não tem uma urgência muito grande em morar no novo imóvel.

Outras características do consórcio

Na hora de escolher entre finaciamento ou consórcio, é preciso prestar muita atenção às diferenças entre os sitemas. Uma da características que mais tem atraído pessoas para o consórcio é a ausência de juros. Apesar disso, existe uma taxa administrativa, cerca de 10 vezes menor que os juros dos financiamentos.

Num consórcio, também é possível levantar 100% do valor da casa. E isso, sem necessidade de pagar qualquer valor de entrada, diferente dos financiamentos, que geralmente liberam 80% do valor total do imóvel.

Além disso, as parcelas do consórcio costumam ser mais pequenas (vide infográfico). Essa vantagem permite que as famílias invistam na casa própria, mesmo pagando aluguel e sem comprometer as necessidade básicas.

Diferente dos financiamentos, a burocracia para entrar num consórcio é muito pequena, sem análise de crédito e demais comprovantes.

No entanto, é importante manter a organização das finanças, pois após a contemplação existem algumas exigências para a liberação do crédito, como a apresentação de documentação pessoal (RG ou CNH), CPF (ou CNPJ), comprovante de renda, comprovante atualizado de residência e documentação do imóvel.

A administradora precisa ter a garantia de que você poderá quitar as parcelas restantes após a contemplação, portanto, o imóvel que você comprar, assim como no financiamento, também fica alienado até o término do pagamento do plano (no máximo 15 anos).

FGTS

Assim como nos financiamentos, também é possível usar o FGTS num consórcio de imóvel residencial – seja através de lance ou complementação da carta de crédito.

Mas existem algumas exigências:

  • Mínimo de 3 anos trabalhando sob o regime do FGTS;
  • Não pode ser proprietário de imóveis residenciais financiados pelo SFH (Sistema Financeiro da Habitação);
  • Não pode ser proprietário de imóvel residencial concluído ou em construção no atual município de residência, no município onde exerça sua ocupação principal ou nos municípios vizinhos;
  • O valor máximo de avaliação do imóvel, da data da aquisição, não pode exceder o limite estabelecido para as operações do SFH, que é de R$ 1,5 milhão para todo o país.

Como comprar a casa própria com cartas contempladas?

O sistema de consórcio também possibilita a liberação de crédito rápido através de uma maneira pouco conhecida, que é a compra de uma carta contemplada.

Nesse sistema, você compra uma cota que já foi contemplada, que tenha o valor total do crédito que você precisa, e quita o valor parcial dela – o que foi pago até o momento da contemplação – mais um ágio ao dono da cota. Fazendo isso, você já pode usar todo o crédito pra comprar a casa própria.

Você pode baixar gratuitamente nosso guia completo de consórcio contemplado, clicando aqui.

Financiamento ou consórcio para casa própria? Compare

Para visualizar melhor as características de cada modalidade, nós fizemos uma comparação de um crédito de R$ 165 mil para a aquisição de um imóvel.

Financiamento ou Consórcio?

Agora que você já conhece as características de cada modalidade, já pode escolher com segurança a melhor alternativa para realizar o sonho da casa própria.

Se você acredita que o consórcio é interessante para você, não deixe de fazer uma simulação. É só clicar na imagem abaixo:

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