A economia brasileira registrou um crescimento de 3,0% em 2023, de acordo com dados do Monitor do PIB divulgados pela FGV/Ibre nesta segunda-feira (19).
Segundo a pesquisa, em dezembro houve um aumento de 0,6% em relação a novembro, enquanto no quarto trimestre do ano, o crescimento ficou próximo da estabilidade, com apenas 0,1%.
Agro puxou o PIB
O desempenho positivo do Produto Interno Bruto no ano passado se deve, de acordo com analistas, sobretudo ao avanço da agropecuária, que representou cerca de 30% da evolução, com destaque para a safra de soja na região Centro-Sul do país
Esse resultado demonstra que a agropecuária tem forte concentração setorial e regional, não sendo sentida uniformemente em todo o país.
No entanto, ainda assim, conforme especialistas, o setor do agro influenciou na economia geral, potencializando os resultados para outras atividades econômicas.
Da mesma forma, houve crescimento também nos setores de indústria e serviços ao longo do ano passado, principalmente o setor de serviços, que apresentou um aquecimento generalizado.
Investimentos em queda
Mesmo com a taxa de consumo e exportações crescendo acima da média do PIB, a formação bruta de capital fixo (FBCF) apresentou queda de 3,4% em 2023, fator que influenciou na redução da taxa de investimentos do Brasil.
O destaque negativo ficou para o desempenho de máquinas e equipamentos, que acumularam retração de 8,5% no ano. A construção também teve um resultado negativo, com queda de 0,5%.
Nesse sentido, a taxa de investimento da economia ficou em 18,1% em 2023, abaixo da média histórica desde 2000 (19,2%), o que demonstra um cenário de preocupação com a redução dos investimentos no país.
PIB de 2023
Em termos monetários, estima-se que o PIB de 2023 alcançou a cifra de R$ 10,740 trilhões, sendo o ano de maior valor de PIB real da série histórica.
O PIB per capita de 2023 foi de R$ 52,611, mantendo um ritmo crescente desde 2021, mas ainda abaixo dos níveis observados em 2013 e 2014.
