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ECONOMIA

Desenrola Brasil: conheça a nova fase do programa que iniciou nesta segunda (25)

Esta fase é voltada para pessoas físicas com renda mensal de até dois salários mínimos ou inscritas no CadÚnico

Por Redação SDI
25/09/2023

Mão segurando um telefone com a logo do Desenrola Brasil escrito Limpe seu nome

Nesta segunda-feira (25), o governo federal lançou uma nova etapa do programa Desenrola Brasil, iniciando com um leilão de descontos, onde os credores inscritos no programa declaram os valores que estão dispostos a abater de suas dívidas.

A próxima fase visa atender à Faixa 1 do programa, que inclui pessoas físicas com renda mensal de até dois salários mínimos (R$ 2.640) ou aquelas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

Segundo o governo Federal, nesta faixa, cerca de 40 milhões de pessoas terão a oportunidade de renegociar dívidas que totalizam cerca de R$ 50 bilhões. 

Os valores a serem renegociados podem chegar até R$ 5 mil, com a opção de parcelamento em até 60 prestações e uma taxa de juros de 1,99% ao mês. Nesta Faixa, a parcela mínima fixada é de R$ 50. 

Tipos de dívidas

As dívidas que podem ser renegociadas englobam aquelas de consumo, como água, luz, telefone e compras no varejo, mas somente as contraídas entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022. 

Dívidas com garantias reais, crédito rural, financiamento imobiliário e operações com funding ou riscos de terceiros não são elegíveis para renegociação.

Importante ressaltar que as operações relacionadas à Faixa 1 do Desenrola serão isentas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Para negociar dívida da Faixa 1, acesse o site do Portal Desenrola Brasil e realize a autenticação na plataforma, através da conta do Portal Gov.br, utilizando seu CPF.

Como fazer uma renegociação bem-sucedida?

Considerando que o objetivo do Desenrola Brasil é tirar os brasileiros da situação de endividamento e inadimplência, é importante compreender que renegociar uma dívida é apenas o primeiro passo para a sua quitação.

Deste modo, é fundamental fazer um planejamento para entender como está a situação e de que maneira é possível fazer uma renegociação sem cair em uma nova negativação.

Evandro Canello, educador financeiro pela metodologia DSOP e CEO do Grupo Redesul – que comporta diversas empresas de soluções em crédito e Educação Financeira – alerta que o primeiro passo do devedor é entender o que o levou até essa situação, é importante sentar com a família e fazer uma reflexão para saber como e onde começou o descontrole”, explica.

Fazendo o diagnóstico

Foto de Evandro Canello
Evandro Canello – educador financeiro e CEO do Grupo Redesul

Ainda conforme o educador financeiro, nesta etapa é fundamental fazer um diagnóstico e entender a fundo a situação, registrando todos os valores que entram e saem do orçamento.

“Entendendo como o descontrole começou e fazendo um raio x da situação, a próxima atitude é registrar todas as dívidas e classificar cada uma delas por ordem de relevância”, explica Evandro.

Nesse contexto, a prioridade deve ser dada a serviços essenciais como água, energia elétrica, aluguel e outros gastos fundamentais. Em seguida, é aconselhável catalogar as dívidas que têm ativos como garantia, como propriedades imobiliárias e veículos. 

Por fim, deve-se registrar as dívidas com maior taxa de juros, como o rotativo do cartão de crédito e cheque especial. Segundo o educador financeiro, após esse levantamento é importante anotar ao lado de cada uma das dívidas um valor mensal que o devedor consiga arcar, considerando taxas de juros. 

“Além disso, o consumidor precisa ter em mente que não se pode negociar a qualquer custo. Se não se reestruturar a partir do diagnóstico e planejar um orçamento financeiro adequado, incluindo a prestação dessas dívidas, a possibilidade de cair na inadimplência novamente é grande. Por isso, é fundamental haver uma mudança comportamental”, conclui Evandro.

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