O consórcio foi criado em 1961 justamente com o objetivo de superar a crise de crédito da época e possibilitar a compra de veículos por um grupo de funcionários do Banco do Brasil. Embora as fabricantes de automóveis estivessem funcionando a todo o vapor no território brasileiro, ninguém tinha dinheiro para comprar um carro à vista e o crédito era escasso.
Desenvolvendo o sistema de consórcio, todos daquele grupo conseguiram comprar seus Fuscas sem precisar pegar dinheiro emprestado e, portanto, sem pagar juros. Em pouco tempo, esses colegas estavam administrando 700 grupos com dezenas de consorciados.
Cinquenta e sete anos depois, o consórcio evoluiu bastante e hoje surge mais uma vez como o herói de milhões de pessoas que sonham com a casa própria, um carro, uma viagem, mas que não têm todo o dinheiro para pagar à vista, ou, que não têm condições ou disposição para pagar as taxas de juros enormes dos financiamentos, principalmente depois da recessão econômica, em 2014.
Mas de que forma esse sistema se adapta à crise?
É o que você vai entender neste artigo.
Vantagens com ou sem crise
Em sua essência, o consórcio é em uma ferramenta que auxilia pessoas e empresas a conquistarem grandes objetivos, mesmo que não tenham uma movimentação financeira milionária.
É um sistema democrático, pois suas parcelas pequenas permitem que os consorciados invistam nos seus sonhos, mesmo pagando aluguel e as despesas do dia a dia; daí o motivo desse sistema crescer tanto, principalmente em momentos de crise.
Além de não haver necessidade de pagar qualquer valor de entrada, no consórcio:
– Não existem juros;
– As parcelas são inferiores do que as de empréstimos e financiamentos;
– Não há cobrança de juros e IOF;
– Existe a possibilidade de reduzir, antecipar ou quitar as parcelas a qualquer
momento;
– Permite o planejamento de investimentos em médio e longo prazo;
– É possível ofertar lances para antecipar a contemplação.
Segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), além de todas as vantagens que o sistema oferece, o consórcio também se adaptou à crise, estendendo prazos, à medida que a renda das famílias encolheu nos últimos anos.
Durante uma instabilidade econômica, a população também fica mais atenta às finanças e substitui a compra impulsiva pela compra planejada, e é nesse momento que as famílias procuram o consórcio.
Não é à toa que esse sistema bateu recordes históricos no último período. São mais de 7 milhões de participantes ativos e quase 2 milhões de adesões nos 9 primeiros meses de 2018, sendo 853,4 mil contemplações nesse intervalo, apresentando um crescimento total de 10% na comparação anual.
Para se ter uma ideia, 1 em cada 3 imóveis são adquiridos dessa forma hoje no Brasil.
Investimento seguro, mesmo na crise
Investir no mercado imobiliário, mesmo em momentos de crise econômica, é uma forma inteligente e segura de lucrar, isso porque, por mais que a economia se altere, o dono do imóvel não corre o risco de perder totalmente seu patrimônio.
Segundo indicadores, imóveis de baixo padrão podem oferecer um retorno de até 1,5%¨ de aluguel sobre o seu valor, o que supera investimentos de renda fixa, que estão em cerca de 0,7%. Para imóveis de alto padrão, essa receita mensal pode chegar a 0,8% do valor do imóvel.
Usar o consórcio de imóveis para adquirir um terreno em um condomínio também pode ser muito lucrativo, pois, à medida que outros imóveis vão sendo construídos nesse espaço, seu lote ficará cada vez mais valorizado e você poderá vendê-lo com uma margem de lucro maior.
Regulando a economia durante a crise
Segundo o Banco Central, em julho de 2018 havia uma movimentação de R$ 126 bilhões em crédito nas administradoras de consórcios, boa parte deles disponível para consumo imediato. Esse valor é o mesmo que foi financiado nos últimos 33 meses pelos bancos, o que comprova, mais uma vez, que o consórcio “segura” a economia em momentos de crise e turbulência.
Mas como isso acontece?
Quando o dólar sobe, essa alta impacta diretamente não apenas no preço de produtos importados, mas também em matérias-primas essenciais compradas em dólar, como o trigo e todos os seus derivados, além de outros insumos importados de diversos países.
Com a desvalorização do real diante do dólar, o país precisa de mais “reais” para comprar a mesma quantidade de um produto. Esses insumos chegam mais caros ao Brasil, fazendo com que o preço de todos os bens de consumo aumente, inflacionando a economia.
Quando isso acontece, o Comitê de Política Monetária (Copom) entra em cena e eleva a taxa básica de juros; a Selic, o que regula a demanda, desestimulando o consumo e esfriando a economia.
Como todo o sistema bancário é influenciado por essa taxa básica, isso dificulta também o acesso a linhas de crédito, que sobem os juros de acordo com a nova definição, encarecendo taxas de financiamentos e empréstimos e provocando endividamento.
Nesse cenário, o consórcio mais uma vez se mostra a solução ideal, porque além de ele garantir o acesso a crédito barato, esse sistema genuinamente brasileiro possibilita um maior controle sobre a demanda, equilibrando a economia.
Na prática, quando o consumidor entra em um grupo de consórcio, o mercado consegue se programar – porque prevê a oferta e a demanda – aquecendo desde o momento da adesão e regulando a economia do país.
Do ponto de vista microeconômico, quando as pessoas se autofinanciam com esse sistema, elas primeiro geram uma grande poupança para só então usar o dinheiro para consumir, ou seja, elas NÃO SE ENDIVIDAM!
Resumindo: ao entrar em um consórcio, além de melhorar a saúde do seu orçamento (programando e levantando crédito sem juros), você ainda contribui com um sistema que ajuda na economia do país, principalmente em momentos de crise.
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