Em 2020, a procura por imóveis teve um aumento significativo, mesmo com a pandemia. É verdade que um dos motivos desse aquecimento no setor foi a redução da taxa básica de juros. Mas, e o consórcio imobiliário, qual o motivo dos recordes históricos batidos neste ano?
Existem muitas explicações para este fenômeno, a maioria diz respeito ao nível de consciência do consumidor, que está dando mais valor ao seu dinheiro e tem procurado conhecer melhor as alternativas que o mercado oferece, escolhendo soluções mais baratas e inteligentes.
Se você quer entender por que tem 988,55 mil brasileiros usando esse sistema para comprar um imóvel, neste post tem tudo o que você precisa saber!
A procura pelo consórcio em 2020
Desde o início de 2020, o consórcio vem registrando aumentos expressivos e, curiosamente, não sofreu com a pandemia como outros setores.
No primeiro semestre do ano, o sistema teve uma alta de 12,6% em relação ao ano anterior. Mas não parou por aí.
Em agosto, a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac) divulgou o maior número de cotas vendidas em 15 anos, chegando a R$ 92,28 bilhões de créditos comercializados.
O consórcio imobiliário não ficou para trás, e também bateu recorde de adesão desde 2005, chegando a quase 1 milhão de participantes ativos, tendo uma participação sem precedentes de 7,3% no PIB (Produto Interno Bruto) semestral do país.
Nada disso é por acaso. Nos próximos capítulos, você vai entender porque tanta gente está escolhendo o consórcio imobiliário para investir em casa, apartamento, terreno e construção.
Os motivos que levaram ao aumento
Os consórcios têm características únicas muito procuradas por pessoas preocupadas em manter boas práticas em educação financeira.
É um mecanismo que, por não ter a incidência de juros, deixa o preço final do imóvel absurdamente mais barato e com parcelas menores, além da vantagem de não precisar de entrada, embora a oferta de lance seja uma estratégia bastante inteligente para quem quer contemplar com rapidez.
Detalhamos cada aspecto que torna o consórcio mais vantajoso diante das outras operações que o mercado oferece. Veja a seguir!
Instabilidade financeira
Em um período de insegurança financeira como o atual, ninguém quer se arriscar em um financiamento imobiliário, pagando altas taxas de juros por até 35 anos, não é mesmo?
Muitas coisas podem acontecer em todo esse tempo e é muito difícil prever se a situação financeira se manterá estável durante o período que durar o financiamento.
Esse é certamente um fator motivador para as pessoas procurarem no mercado outras formas de adquirir imóveis.
Por não ter juros e contar um prazo de pagamento em torno de 15 anos, o consórcio imobiliário garante uma grande vantagem sobre outras modalidades.
O que existe nesse sistema é uma taxa de administração, cobrada pela administradora para fazer a gestão do grupo.
Para você ter uma ideia, essa taxa costuma ser aproximadamente 10 vezes menor do que os juros de financiamentos.
Como pode ver, a diferença de custo entre os dois sistemas é colossal! Se você ainda não se convenceu disso, continue a leitura e tire suas próprias conclusões.
Aquecimento do mercado imobiliário
O setor imobiliário vinha desde 2016 patinando para se recuperar da recessão econômica que assolou o mundo.
Já no final de 2019, a expectativa era grande e 2020 prometia ser um ano de superaquecimento. Mas chegou a pandemia.
Houve insegurança logo nos primeiros meses, porém, em um esforço coletivo entre governo e entidades financeiras, o setor conseguiu manter-se aquecido, mesmo com as adversidades.
O principal motivo para a manutenção e crescimento da venda de imóveis este ano foi a redução da taxa básica de juros, da qual falaremos adiante.
Mas não apenas isso.
Considerando que o consórcio não tem juros e que também registrou aumento recorde na procura, participando fortemente do PIB no primeiro semestre, fica fácil concluir que não foi apenas a redução dos juros que aqueceu esse mercado.
A procura por imóveis mais espaçosos, com espaço para home office, quintal ou varanda, e mais afastados da cidade disparou em 2020. Trocar de imóvel, portanto, tem se mostrado uma necessidade em tempos de pandemia.
Prazo de pagamento
Em se tratando de prazo, o consórcio imobiliário é um excelente negócio, tanto para pessoas físicas, como jurídicas.
Por ter a opção de transformar a carta de crédito contemplada de imóvel em capital de giro, muitas empresas escolhem esse sistema não apenas pela ausência de juros, mas por que o prazo de pagamento é muito maior se comparar com empréstimos, por isso, as parcelas diluídas também são menores.
No caso de financiamentos, essa vantagem também é bastante óbvia: essa operação pode se estender por até 35 anos. O consórcio de imóveis, por sua vez, costuma durar 15 anos.
Ter a possibilidade de contar com um bom prazo para organizar as finanças até a contemplação é outra vantagem do consórcio imobiliário, embora você possa usar a estratégia dos lances para receber o crédito sem precisar esperar, como explicamos no vídeo abaixo:
Menor burocracia
Muita gente acredita que no consórcio praticamente não existe burocracia. Isso é uma meia verdade.
Veja, para entrar em um consórcio, de fato, você não precisar ter o nome limpo nem apresentar garantias. Porém, se no momento da contemplação você não estiver com tudo em ordem, pode ter problemas para acessar a carta de crédito.
Ainda assim, os empréstimos às vezes exigem algumas garantias muito difíceis de conseguir, principalmente para empresas.
Em se tratando de burocracia, a grande vantagem do consórcio é que você terá um tempo hábil para se organizar até o momento da contemplação.
Vale dizer, ainda, que você pode usar algum dinheiro guardado ou mesmo o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para ofertar um lance e acessar a carta de crédito mais rapidamente.
Isso também descomplica bastante o processo.
Menor taxa de juros
Com a redução histórica da taxa Selic com previsão de 2% ao ano, obviamente os financiamentos ficaram mais atrativos. Como mencionamos, este também é um motivo para o aquecimento do setor imobiliário.
Mas você já parou para fazer o cálculo do quanto custaria seu imóvel se fosse financiar?
Considere o seguinte: se você optasse pelo financiamento tradicional, com correção pela Taxa Referencial, esse financiamento teria um custo total aproximado de 9,5% ao ano.
Ou seja, se comprasse um imóvel de R$ 300 mil via financiamento, você teria que desembolsar R$ 60 mil para a entrada (portanto, o valor financiado ficaria em R$ 240 mil) e o custo final do imóvel ficaria em aproximadamente R$ 700 mil (+ a entrada).
Você começaria pagando R$ 2.313,14 e terminaria com parcelas de R$ 600 reais. Mas não se engane! Praticamente todo o juro que você paga está nas primeiras parcelas.
E você ficaria 35 anos pagando essa conta…
Mas os bancos anunciaram um novo financiamento com juros fixos mais baixos, de 2,95% a 4,95% ao ano, com correção pela inflação. Esse financiamento corrigido pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), depende inteiramente do comportamento da inflação, que não costuma ser estável, ainda mais em operações longas, como é o caso de financiamentos imobiliários.
Ou seja, se a inflação subir, o valor das suas parcelas sobe também. É por isso que você deve pensar duas vezes antes de escolher um financiamento atrelado a uma taxa variável.
Neste vídeo, tem a explicação completa sobre os riscos desse novo financiamento:
E no consórcio?
Um imóvel de R$ 300 mil comprado através do consórcio teria uma taxa administrativa de cerca de 1,4% ao ano. O custo total desse imóvel, portanto, ficaria em R$ 363 mil, com parcelas de R$ 2.016,66.
É importante destacar que o consórcio imobiliário passa por ajuste anual, atualizado pelo INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), que está com uma previsão média acumulada para este ano de 4,20%. Ou seja, sua parcela total com o reajuste ficaria em R$ 2.100,47.
Esse reajuste é fundamental para que nenhum consorciado perca o seu poder de compra no decorrer dos anos.
Como pode ver, o valor das parcelas e o custo final do imóvel com um consórcio fica drasticamente menor, é por isso que esse sistema vem batendo recordes mês após mês, sendo uma ferramenta importante para manter a intenção de compra dos brasileiros, mesmo durante a pandemia.
Em um período de extrema insegurança, não é todo mundo que está disposto a arriscar seu capital em uma operação longa e cheia de juros. A regra agora é ser racional e escolher alternativas para investir no imóvel, mas mantendo a segurança financeira. E isso, apenas o consórcio é capaz de garantir.
Cuidados na hora escolher um consórcio imobiliário
Antes de fechar um contrato de consórcio, em primeiro lugar é preciso escolher uma administradora de consórcios sólida, com referências e um bom tempo de mercado.
Com a internet, tudo isso fica muito fácil de ser verificado; seja entrando em contato diretamente com a empresa ou mesmo checando o que os usuários têm dito sobre ela nas redes sociais e nos sites de avaliação de negócios (até mesmo o Google e Facebook já permitem isso).
A Redesul Consórcios é uma corretora especializada em encontrar soluções de acordo com cada fase da sua vida ou da sua empresa, e possui os melhores e mais bem remunerados especialistas em consórcios do país, todos certificados pela Abac.
Por trabalhar com os maiores bancos e administradoras de consórcios do Brasil, como Itaú, Banco do Brasil, Caixa Econômica e Embracon, a Redesul tem acesso a milhares de grupos com diversas condições.
Assim, fica muito mais fácil encontrar o plano certo, de acordo com seus objetivos.
Como pode ver, não faltam razões para justificar a grande procura dos brasileiros por esse sistema.
Agora que você entendeu por que o consórcio imobiliário vem apresentando números recordes, mesmo com a pandemia, já consegue decidir com mais propriedade qual é a melhor alternativa para a compra de um imóvel.