Você sabia que mais de 40% da população (adulta) brasileira está inadimplente? São exatamente 61,8 milhões de pessoas que não estão conseguindo pagar suas contas. Esses dados levantados em julho deste ano pelo Serasa revelam que o brasileiro tem dificuldade em pagar até mesmo as contas mais essenciais, como aluguel, comida, luz, água, telefone e internet.
Somando estas contas básicas aos gastos extras, como lazer nos fins de semana e imprevistos do dia a dia, no final do mês o cidadão acaba sentido o impacto no bolso, especialmente se ele já estiver “no vermelho”. Isso porque quando se está inadimplente, as chances de uma dívida crescer e se espalhar são muito grandes.
Por isso, é necessário ter sangue frio e principalmente planejamento pra conseguir quitar todas as dívidas, tirar o nome do cadastro negativo e voltar a ter crédito na praça.
Sabendo disso, preparamos uma lista com dicas muito úteis pra que qualquer pessoa consiga organizar suas finanças pessoais e pagar todos os seus débitos.
#1 Diagnóstico financeiro
Primeiro, o mais importante. Você precisa entender toda a sua vida financeira dos últimos tempos, e isso vai exigir que coloque vários valores na ponta do lápis:
• Sua dívida: o valor inicial da dívida e quanto ela gerou de juros até o momento. Não se esqueça de anotar a quanto tempo esse débito está na sua vida;
• Seus gastos fixos mensais: você precisa saber exatamente quais são as suas contas fixas mensais, como aluguel, condomínio, internet, TV por assinatura, Netflix, academia, etc.;
• Seus gastos não fixos: aqui entram todos os gastos mensais que podem variar, desde uma saída no final de semana, acessórios e roupas; até idas ao cinema e ao shopping;
• Quanto você recebe: anote também quais são os seus ganhos mensais.
#2 Cortando gastos
Feito o diagnóstico inicial da sua situação financeira, você já consegue ter uma ideia de quais são os seus gastos mensais e de quanto você recebe todo o mês. Essa é a hora de você encarar a sua realidade financeira e entender, a partir disso, o que pode ser feito pra começar a quitar suas dívidas.
Nesse momento, a lógica é cortar gastos. Se você tem muitas dívidas, é preciso então questionar se você não está vivendo com um padrão de vida além do que você pode pagar. Ou talvez, se houve algum gasto inesperado que acabou causando essa instabilidade.
Comece analisando os gastos fixos e corte tudo aquilo que não seja essencial. Esse é um momento de resolver sua vida financeira, portanto um passo natural é, por enquanto, abrir mão de luxos e gastos ocasionais, que podem ser cortados sem comprometer sua qualidade de vida.
#3 Renegocie suas dívidas
O próximo passo é pontuar quem são os seus credores e entrar em contato pra negociar suas dívidas. Se possível, marque um horário com o setor financeiro e vá pessoalmente conversar.
Esse é o momento de você tentar renegociar todo o valor que deve ao estabelecimento. Considerando que quanto mais antigo for o débito, maiores serão os juros, você pode barganhar um desconto no valor dessas taxas, especialmente se conseguir pagar o valor à vista.
Se sua dívida for mais pesada e, mesmo economizando, as chances de conseguir o valor total forem muito pequenas, você pode pedir para que seu débito seja parcelado. Fazendo isso, você consegue quitar essa dívida pouco a pouco, sem que isso pese demais no seu orçamento.
#4 Diga adeus ao cheque especial
O único dinheiro que você deve contar no seu dia a dia é aquele que está, verdadeiramente, na sua mão. Cartões de crédito com um limite alto e cheques especiais podem ser uma furada, pois representam uma “falsa” noção de poder aquisitivo. Os juros do banco e do cartão de crédito são salgados e sobem muito rápido.
#5 Crie uma poupança
Pessoas que têm uma vida planejada costumam guardar dinheiro. Por isso, é melhor você “apertar o cinto” e todo o mês garantir um depósito em uma conta bancária, do que mais tarde precisar arcar com gastos que não foram previstos e, assim, acabar endividado.
Mesmo que seja difícil, uma vida regrada e planejada é sempre uma vida mais próspera e feliz, porque todo o estresse gerado por uma dívida (ou de viver sempre no limite do orçamento), não prejudica apenas sua saúde financeira, mas pode fazer mal tanto para você quanto para sua família.