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Primeira-ministra da França apresenta carta de demissão
Por Redação SDI
A primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, formalizou sua renúncia na tarde desta segunda-feira (08), seis meses antes das eleições europeias de junho.
O Palácio do Eliseu comunicou que a saída de Borne se alinha à busca de um novo rumo por parte do presidente Emmanuel Macron, que planeja uma reformulação em sua equipe diante do pleito iminente.
O anúncio acontece em meio à recente aprovação da controversa Lei de Imigração, em dezembro passado.
A base governista, em um processo marcado por reviravoltas e cedências, conseguiu a aprovação do projeto com regras mais rigorosas para os imigrantes do que inicialmente proposto. Borne foi apontada nos bastidores como uma das responsáveis pelas falhas na articulação política.
Contudo, a permanência da agora ex-primeira-ministra já vinha sendo questionada desde a promulgação, em abril do ano passado, da Reforma da Previdência.
Repudiada por cerca de 70% da população, a reforma gerou ondas de protestos que se estenderam por três meses consecutivos em 2023.
O governo Macron recorreu ao artigo 49.3, dispensando a votação do texto pela Assembleia Nacional, medida criticada por membros do próprio governo como antidemocrática.
Futuro
O novo primeiro-ministro ainda não foi nomeado, mas o ministro da Educação, Gabriel Attal, de 34 anos, é um dos cotados, podendo tornar-se o mais jovem primeiro-ministro da história da França.
Attal, que adotou medidas criticadas, como a proibição das abayas nas escolas, é visto como uma figura em ascensão, ao lado do ministro do Interior, Gerald Darmanin, de 40 anos.
Ambos são considerados estrelas em ascensão, mas enfrentam críticas por discursos conservadores e anti-imigração.