Evergrande: Ex-CEO e ex-CFO detidos em meio a agravamento da crise

As ações da gigante China Evergrande Group despencaram até 25% na segunda-feira (25), marcando um novo e dramático capítulo na crise que envolve a empresa. 

A situação se agravou com a unidade continental da empresa falhando no pagamento de um título local, lançando mais incerteza sobre o destino da incorporadora, enquanto seu plano de reestruturação com credores internacionais enfrenta desafios crescentes.

Em um comunicado, a construtora no centro da crise imobiliária da China revelou que sua subsidiária, Hengda Real Estate Group Co., não conseguiu honrar o pagamento de 4 bilhões de yuans (US$ 547 milhões), o que deveria ter sido feito em 25 de setembro. 

Isso ocorreu depois de um episódio semelhante em março, quando a Hengda não conseguiu pagar os juros de um título emitido em 2020 e prometeu negociar ativamente com os credores para encontrar uma solução.

Plano de reestruturação

No entanto, a Evergrande está ficando sem tempo para implementar o que seria uma das maiores reestruturações já vistas na China. A empresa cancelou reuniões cruciais com seus credores de última hora, alegando a necessidade de revisar seu plano de reestruturação devido a vendas abaixo das expectativas. 

Além disso, a empresa enfrentou a detenção de funcionários de sua unidade de gestão financeira e não conseguiu cumprir os requisitos dos reguladores para a emissão de novos títulos. Xia Haijun, ex-CEO da Evergrande, e Pan Darong, ex-CFO, foram detidos pelas autoridades chinesas.