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Por Redação SDI
04/09/2023
Desde o quarto trimestre de 2021, o país enfrenta um saldo negativo de 750 mil empresas, de acordo com os dados da Receita Federal.
Segundo a Contabilizei, excluindo os Microempreendedores Individuais (MEIs), mais de 2,83 milhões de empresas fecharam as portas enquanto 2,08 milhões foram abertas no período.
Ainda de acordo com a entidade, no primeiro semestre de 2023, exatamente 427.934 empresas fecharam no Brasil. O levantamento não contabilizou Micro Empreendedores Individuais (MEIs).
Em contrapartida, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) contesta os dados e alega que registrou um saldo positivo de 212.654 empresas Não-MEI abertas no período.
A indústria, embora com menor representatividade quantitativa, enfrenta uma situação particularmente difícil.
Proporcionalmente, o setor industrial viu três vezes mais empresas fecharem do que abrirem no segundo trimestre deste ano, com 25.151 encerramentos e 7.810 inaugurações.
O comércio também registra dificuldades, tendo fechado 129.515 empresas no segundo trimestre de 2023, em comparação a 61.685 aberturas. Já o setor de serviços contabiliza o fechamento de 196.651 empresas, superado por 133.836 novas empresas no mesmo período.
Guilherme Soares, vice-presidente de aquisição e receita da Contabilizei, destaca a complexidade financeira e o elevado nível de endividamento da população como fatores que dificultam a gestão das empresas.
Soares ressalta que a recuperação do mercado de trabalho formal tem levado empreendedores de volta à posição assalariada.
Por outro lado, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) revelou recentemente que, mesmo em um cenário desafiador, as micro e pequenas empresas criaram cerca de 710 mil empregos no primeiro semestre de 2023, impulsionando a geração de empregos formais no país.
Isso equivale a aproximadamente 70% das vagas com carteira assinada geradas no período, um cenário semelhante aos primeiros semestres de 2021 e 2022.
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