MARÇO

FGV indica melhoria na confiança do consumidor, apesar do cenário ainda ser de cautela

Alta do índice foi impulsionada pela melhora em todos os quesitos que compõem o indicador, com exceção da intenção de compra de bens duráveis

Por Redação SDI

Foto iustrativa de pessoas comprando

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou, em março, um aumento de 1,6 ponto, atingindo 91,3 pontos, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (22). 

Esta é a primeira alta do índice no ano, após dois meses consecutivos de queda. Apesar da melhora, o índice ainda reflete um cenário considerado pessimista.

Anna Carolina Gouveia, economista do FGV/Ibre, destacou que a alta do índice foi impulsionada pela melhora em todos os quesitos que compõem o indicador, com exceção da intenção de compra de bens duráveis, que teve um recuo significativo no mês.

Essa elevação levou o indicador de um nível pessimista para moderadamente pessimista, acima dos 90 pontos. 

Entretanto, a economista ressaltou que as famílias ainda enfrentam limitações financeiras, o que é evidenciado pela manutenção do indicador de situação financeira atual em patamares historicamente baixos.

Futuro

Em relação às expectativas para os próximos meses, houve incremento tanto nas perspectivas quanto nas análises sobre a situação presente. O Índice de Expectativas (IE) ascendeu 1,2 ponto, atingindo 99,1 pontos, após um decréscimo acumulado de 4,6 pontos nos últimos dois meses. 

Por sua vez, o Índice da Situação Atual (ISA) registrou acréscimo de 2,1 pontos, alcançando 80,7 pontos, marcando a segunda elevação consecutiva após um período inicial do ano com flutuações negativas.

Entre os quesitos que compõem o ICC, o destaque foi para as perspectivas em relação às finanças familiares futuras, que contribuíram significativamente para a elevação da confiança no mês, com um avanço de 7,6 pontos, atingindo 100,8 pontos, recuperando parte da queda do mês anterior, que foi de 8,5 pontos.

Também foi observado um aumento nas perspectivas sobre a situação futura da economia, com um avanço de 4,8 pontos, alcançando 110,6 pontos. 

No entanto, apenas o ímpeto de compras de bens duráveis apresentou resultado negativo, com uma queda de 9,2 pontos, atingindo 85,8 pontos, oscilando fortemente nos últimos meses.

Em relação às percepções sobre as finanças pessoais e a economia local, houve melhora, com os indicadores avançando 2,0 e 2,1 pontos, respectivamente, para 69,9 e 91,8 pontos. 

A alta da confiança foi observada de maneira difusa nas quatro faixas de renda, sendo que os consumidores de menor poder aquisitivo, com faixa salarial de até R$ 2.100,00, apresentaram a maior contribuição para a variação positiva.

Ainda assim, esses consumidores se mostram relativamente pessimistas em relação aos próximos meses pelo terceiro mês consecutivo.

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